Como é delicada
esta questão de saber lidar com o próximo. Nós temos a mentalidade de uma tal
liberdade, que enchemos a boca para dizer: “Eu sou livre, faço o que quero da
MINHA vida”.
Mas as coisas não
funcionam tão perfeitamente assim. Não vivemos numa ilha inabitada, apesar de
algumas (senão várias) pessoas passarem a impressão de que vive.
Essa frase é
interessante. Na primeira parte temos: “Te vejo errando e isso não é pecado...”
(errar é humano, todos nós falamos isso). Só que a frase continua: “Exceto
quando faz outra pessoa sangrar...” (ou seja, não é “pecado” eu errar, mas
torna-se “pecado” a partir do momento em que eu esteja ferindo alguém com o meu
erro). Só que se avaliarmos com calma, vemos que uma coisa está inevitavelmente
ligada à outra. Somos seres que vivemos em comunidade, por mais isolado que
você seja, você convive com pessoas. Seja família, amigos, colegas de trabalho,
vizinhos etc...
Torna-se quase
impossível, alguma forma de erro em que nós não estejamos de forma direta ou
indireta afetando a vida de alguém. Geralmente as pessoas mais “afetadas” pelos
nossos erros, são pessoas que NÓS convidamos (digamos assim) para que entrasse
em nossa vida.
Ninguém invade a
vida de ninguém. Se eu sou sua amiga, por exemplo, é porque você assim
permitiu. Então não podemos dizer: “Faço o que quero e ninguém tem nada a ver
com isso”.
Deveríamos então
nos preocupar com o próximo? Com nossas atitudes? Daí você me falaria: Mas onde
está a minha liberdade, de fazer o que penso e quero? Concordo, temos a nossa
vida, nossas necessidades, vontades e sei lá mais como você queira chamar. Só
que a nossa liberdade tem que ser dosada pelo o bom senso. A minha e a sua
liberdade deve ir até onde eu e você não afetemos de forma ruim a vida de
outra(s) pessoa(s). E se de alguma forma isso acontecer, devemos pedir perdão.
Temos sim, que pelo
menos tentar olhar e avaliar da melhor forma nossas atitudes. Nós somos
seres falhos, erramos várias vezes por dia, é normal. Por mais que
tentemos não errar, sempre faremos, às vezes nem é por mau (ou não, depende da
pessoa). A questão esta em saber reconhecer o erro. O que mais vemos hoje, são
pessoas que são verdadeiras “bestas-feras” passam por cima de tudo e de todos
enchendo a boca pra dizer que são livres e que fazem o que bem quiser de suas
vidas. Machucam pessoas que elas mesmas convidaram para entrar em suas vidas e
sequer pedem perdão. Mas o perdão esta relacionado com o reconhecimento do
erro. Se algumas nem reconhecem, quanto mais pedir perdão.
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